AUTOCONFRONTAÇÃO - PRINCÍPIO 1 - A SALVAÇÃO APENAS EM CRISTO JESUS
No presente estudo, responderemos as seguintes
perguntas: O que cada um precisa reconhecer sobre si mesmo? Deus tem um padrão
para o homem? Podemos salvar a nós mesmos? Como se pode ser salvo? Quem nos
salva?
Em toda a história do povo de Deus, tanto
pré-cristã como na história da Igreja, Deus exigiu o padrão da perfeição. No
antigo Israel ,
Deus exigia que a oferta de holocausto deveria ser sem defeito. E Jesus
ensinou-nos a ser perfeitos como
Deus.
"Se a sua oferta for holocausto do rebanho bovino, oferecerá um
macho sem defeito, à entrada da tenda da revelação, para que seja aprovado pelo
SENHOR." - Levítico 19:3.
"Sede, pois, perfeitos, assim como perfeito é o vosso Pai
celestial." - Mateus 5:48.
Conforme D. A. Carson, isto indica “uma busca
radical pela perfeita vontade de Deus ... à medida que a autoridade soberana de
Jesus revela a escala de valores radicalmente alternativa que o discipulado
deve escolher.” [2]
"E você não pode alcançar [o padrão de
Deus] por esforço próprio."[3]
Diferentemente da doutrina espírita, o
evangelho Segundo Jesus Cristo e toda a Palavra de Deus nos ensinam que todos
nós somos, por natureza, injustos. Observe isso:
“E não condenes o teu servo, porque ninguém é justo diante de ti.” – Salmo
143:2.
“Pois não há um só homem justo sobre
a terra, que só faça o bem e nunca peque.” – Eclesiastes 7:20.
“Porque todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus.” – Romanos 3:23.
Ninguém é
justo porque todos pecam. Todos herdamos o pecado de “um só homem”, Adão, “e a
morte passou a todos os homens porque todos pecaram.” (Romanos 5:12)
“Então, você não pode salvar a si mesmo.”[4]
Suponha que nós pequemos dez vezes, quer em
palavras, quer em pensamento, por dia. Por ano (10 x 365) pecaremos 3.650
vezes. E se vivermos 80 anos (3.650 x 80) pecaremos 29.200 vezes. Como
poderíamos, por méritos próprios, pagar todos estes pecados? Impossível! Por
isso, a Bíblia nos ensina:
“Quem pode dizer: Purifiquei meu
coração, estou limpo do meu pecado?” – Provérbios 20:9.
Quem disser que não tem pecado, já mentiu,
pecou.
“Você não pode depender de outro ser humano
qualquer para redimi-lo.” [5]
Se cada pessoa não pode se salvar por ser
pecadora, como então um ser humano poderá salvar um semelhante? Também impossível!
Por isso a Bíblia diz:
“Nenhum deles, de modo algum, pode
remir seu irmão, nem por ele oferecer um resgate a Deus, pois a redenção da sua
vida é caríssima, tanto que seus recursos não são suficientes; para que
continuasse a viver para sempre e não visse a sepultura.” – Salmo 49:7-9.
Sobre o
Salmo 49:7-9, D. A. Carson e R. N. Champlin comentam, respectivamente:
“Nenhum pagamento é suficiente para
comprar a vida eterna [...] da morte em si ninguém consegue se livrar por meio
de pagamento.” [6]
“[O Rico] não pode remir-se da
morte, pagando certa quantia em dinheiro a um deus ou poder superior. Ele
simplesmente morre, como acontece com todos os seres humanos.” [7]
Sem
esperança, por méritos próprios, de fugir da morte e do julgamento de Deus após
ela, cada um de nós precisa de alguém apto para redimi-lo de seus pecados. Não
pode ser um ser humano, pois todos pecaram. Quem, então, poderia redimir o
homem e como? Antes de responder a esta pergunta, é preciso reconhecer algo.
“Você precisa reconhecer sua incapacidade de alcançar o padrão de Deus.” [8]
Quais
pecadores, jamais podemos ser perfeitos. Sempre erraremos. Então, não temos
como nos salvar, não temos como não errar. Nossa incapacidade de alcançar o
padrão de Deus é ensinada nas Escrituras:
“Todos nós somos como o impuro, e
todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a
folha, e as nossas maldades nos arrebatam como o vento.” – Salmo 64:6.
“E então? Somos superiores a eles?
De modo nenhum, pois já demonstramos que tanto judeus como gregos estão todos
debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer.Não há quem
entenda; não há quem busque a Deus. Todos se desviaram; juntos se tornaram
inúteis. Não há quem faça o bem, nem um sequer.” – Romanos 3:9-12.
Os que ensinam
salvação pelas obras ou que religiosamente tentam apregoar ideias humanistas
mescladas com o evangelho de Cristo acabam não ensinando a real situação do
homem perante Deus: Incapacidade de salvar a si mesmo. Quando uma pessoa se
considera incapaz de se salvar, não deixará que seu ego prevaleça sobre seus
pecados quando faz boas ações. Se ela fez algo de bom, glória a Deus. Mas e
quando peca, como deveria reagir?
“[Você precisa] se arrepender do seu pecado.” [9]
O que
significa ‘arrependimento’? J. L. Mackenzie, em seu Dicionário Bíblico, define
este vocábulo como:
“Sob este título estão agrupadas
diversas ideias relacionadas entre si: mudança de “mente” ou mudança de
coração, i. e., mudança de intenção, de disposição, de atitudes; pesar;
conversão; dor por causa do pecado.” [10]
Por isso,
a Bíblia nos ensina o seguinte sobre o arrependimento:
“Digo-vos que no céu haverá mais
alegria por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que
não precisam de arrependimento.” – Lucas 15:7.
“Pedro então lhes respondeu:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o
perdão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” – Atos 2:38.
“Arrependei-vos, pois, e
convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados.” – Atos 3:19.
“Deus não levou em conta os tempos
da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se
arrependam, pois determinou um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio
do homem que estabeleceu com esse propósito. E ele garantiu isso a todos ao
ressuscitá-lo dentre os mortos.” – Atos 17:30, 31.
“Pelo contrário, anunciei
primeiramente aos que estão em Damasco, e depois em Jerusalém, e por toda a
terra da Judeia e também aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a
Deus, praticando obras próprias de arrependimento.” – Atos 26:20.
“Ou desprezas as riquezas da sua
bondade, tolerância e paciência, ignorando que a graça de Deus te conduz ao
arrependimento?” – Romanos 2:4.
“O Senhor não retarda a sua promessa,
ainda que alguns a considerem demorada. Mas ele é paciente convosco e não quer
que ninguém pereça, mas que todos venham a se arrepender.” – 2 Pedro 3:9.
Em Atos
2:38 e 3:19, o homem é convidado a arrepender-se para o perdão dos pecados
dele. Em Atos 17:30, 31, arrepender-se é uma ordem de Deus. Em Atos 26:20, o
arrependimento anda de mãos dadas com a conversão a Deus, resultando em que a
pessoa faça obras próprias de arrependimento, ou seja, conforme comentou French
L. Arrington:
“exigia ações que demonstrassem
arrependimento genuíno (v. 20) [...] e indica que uma vida caracterizada por
boas obras é o sinal de uma fé salvadora.”[11]
Em
Romanos 2:4, o arrependimento é consequência da graça de Deus, ou favor
imerecido, na vida do homem crente. Este arrependimento vem da bondade de Deus.
Conforme John Stott comenta sobre a bondade ou graça de Deus, “ela existe para nos proporcionar um espaço
no qual possamos nos arrepender, não para darmos uma desculpa para pecarmos.”[12] Por fim, lemos em 2 Pedro 3:9 que Deus deseja o arrependimento do homem.
Mas por
que o homem deve se arrepender? Apenas para depois fazer boas obras? Não! Deus
tem um plano de salvação para o homem!
“Reconhecendo a sua condição de perdido e crendo sinceramente e de todo
o coração no Senhor Jesus Cristo, você recebe o dom da vida eterna [pela graça
e misericórdia de Deus].” [13]
Quando o
homem entende sua natureza pecaminosa, que não há esperança para ele de se
livrar da morte física e espiritual, ele precisa crer, ter fé, em Jesus Cristo
de todo o seu coração. O resultado é a vida eterna. Veja como os textos
bíblicos a seguir comprovam isso:
“Porque Deus amou tanto o mundo, que
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.” – João 3:16.
“Quem crê no Filho tem a vida
eterna; quem, porém, mantém-se em desobediência ao Filho não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36.
“Em verdade, em verdade vos digo que
quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não
vai a julgamento, mas já passou da morte para a vida.” – João 5:24.
“Jesus declarou: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo aquele
que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisso?” – João 11:25, 26.
“Porque o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor.” – Romanos 6:23.
“Porque pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que
ninguém se orgulhe.” – Efésios 2:8, 9.
“Não por méritos de atos de justiça
que houvéssemos praticado, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar da regeneração e da renovação realizadas pelo Espírito Santo,
que ele derramou amplamente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador; para
que, justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança
da vida eterna.” – Tito 3:5-7.
“11 E o testemunho é este: Deus nos
deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida;
quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Eu vos escrevo essas coisas, a vós
que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida
eterna.” – 1 João 5:11-13.
O que
aprendemos desses textos bíblicos acima? De João 3:16, 36 aprendemos que pela
fé (crer) em Jesus saímos de uma condição de condenação, debaixo da ira de
Deus, para termos a vida eterna. De João 5:24 reforça os textos anteriores,
ensinando-nos que a fé em Jesus o transfere da morte para a vida, livrando-o do
julgamento adverso de Deus. De João 11:25, 26 entendemos que a fé em Jesus
proporciona ao que vive e crê, e que depois morra, a vida, e ao que vive e crê
que ele jamais morra. Mas como? Tal pessoa morrerá ou não morrerá? William
Hendriksen nos explica este texto da seguinte forma:
“Primeiro, o crente é retratado no
momento da morte. [...] As palavras são: “Quem crê (permanentemente) em mim
[...] ainda que morra (fisicamente), viverá (possuindo vida eterna em glória).”
Em seguida, o crente é retratado da forma como ele vive aqui na terra, antes da
morte. Lemos: “e todo o que vive (espiritualmente [...]) e crê
(permanentemente) em mim nunca mais morrerá (certamente nunca provará a morte
eterna; nunca mais serão separados alma e corpo da presença do Deus de amor).”
[...] Até mesmo a morte física fracassa em extinguir a vida real do crente; ao
contrário, essa morte é lucro, pois ela o introduz no gozo eterno da vida.” [14]
Resumindo, a fé em Jesus nos faz
vitoriosos sobre a morte física e espiritual (a eterna) de modo que viveremos
para sempre em eterna alegria diante de Deus.
De
Romanos 6:23, entendemos que o salário que o pecado nos paga é a morte, mas em
Cristo Jesus recebemos de graça a vida eterna. De Efésios 2:8, 9, aprendemos
que somos salvos pela graça de Deus, por meio da fé, não de obras. A graça de
Deus é recebermos algo que não merecemos, ou seja, a vida eterna. Para isso, o
crente deposita sua fé genuína em Jesus.
De Tito
3:5-7, aprendemos que a fé em Jesus possibilitou que o uma ação conjunta entre
o Pai, o Filho e o Espírito Santo de Deus: Obtivemos a misericórdia de Deus, ou
seja, não recebemos a merecida morte eterna; fomos regenerados e renovados
(pelo Espírito Santo de Deus), salvos por Deus através de Jesus e justificados,
ou seja, Jesus, nosso Advogado, apresenta os pecados diante de Deus Pai, o
Juiz, e leva os pecados do crente pelo seu sacrifício na cruz, pois o crente
não pode redimir a si mesmo. Daí, o Juiz Supremo dá ganho de causa a Cristo e
somos justificados.
Por fim,
de 1 João 5:11-13 aprendemos que quem tem o Filho tem a vida eterna. O que é
ter o Filho? F. F. Bruce liga essa expressão às palavras de Jesus: “Se alguém me amar, obedecerá à minha
palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada.” (João
14:23) e explica o que significa negar a Jesus:
“Quem tem o Filho habitando nele
(João 14:23) tem a vida; enquanto a expressão quem não tem é reforçada com a
ideia de que é o Filho de Deus a quem ele recusou; ele permanece no estado
mortal do homem caído (1 João 3:14).” [15]
“[Reconhecendo a sua condição de perdido e crendo sinceramente e de todo
o coração no Senhor Jesus Cristo, você recebe] o perdão de seus pecados pela
graça e misericórdia de Deus.” [16]
O crente,
filho de Deus pela fé em Jesus Cristo (João 1:12; Gálatas 3:26), por
humildemente ter reconhecido sua pecaminosidade e seu estado de perdido, e por
ter depositado fé Genuína em Jesus, além de receber a vida eterna, obviamente o
perdão dos pecados que cometeu antes de aceitar a Cristo e os que cometer
depois, porque como salvo e nascido de novo, naturalmente não conseguirá viver
até morrer praticando pecados. Como crente, sabe que não morrerá em pecado,
porque mantém-se firme na certeza de sua salvação em Jesus.
“Por isso vos disse que morrereis em
vossos pecados; porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis em vossos
pecados.” – João 8:24.
“Nele temos a redenção, o perdão dos
nossos pecados pelo seu sangue, segundo a riqueza da sua graça”. – Efésios 1:7.
“E não há salvação em nenhum outro,
pois debaixo do céu não há outro nome entre os homens pelo qual devamos ser
salvos.” – Atos 4:12.
Nos três
textos acima, aprendemos de João 8:24 que sem Jesus é impossível viver para
sempre, mas plenamente possível morremos em nossos pecados; de Efésios 1:7,
aprendemos que em Cristo Jesus obtivemos a redenção, ou seja, conforme R. L. Hubbard
Jr:
“é o ato de Deus “que liberta
escravos do pecado para torná-los servos de Deus. Mas, no final, os escravos
tornam-se filhos de Deus por toda a eternidade.” [17]
Esse ato,
conforme Atos 4:12, é somente possível no nome de Jesus Cristo.
Conclusão
Aprendemos
na longa mas edificante lição de hoje que o padrão de Deus é a perfeição, que
não podemos atingir este padrão por sermos pecadores e que, como pecador, caído
e incapaz de se salvar, o homem caminha para a morte eterna. Mas por termos
reconhecido nossa condição caída e termos nos arrependido de nossos pecados, e
depositado fé genuína em Jesus Cristo, pudemos ter nossos pecados perdoados e
fomos salvos em Cristo Jesus, podendo assim usufruir a vida eterna, mesmo que
venhamos a morrer.
Pela
misericórdia de Deus, não recebemos o que merecíamos: a morte eterna. Pela
graça de Deus, recebemos em Cristo Jesus o que não merecíamos: A vida eterna. – Fernando Galli.
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[1] BROGER, John C. Autoconfrontação – Um Manual de Discipulado em Profundidade. Página 19. 3ª. Edição. São Paulo : BCF Editora, 2006.
______________
[1] BROGER, John C. Autoconfrontação – Um Manual de Discipulado em Profundidade. Página 19. 3ª. Edição. São Paulo : BCF Editora, 2006.
[2] CARSON, D. A. Comentário Bíblico Vida Nova. Página
1370. São Paulo : Vida Nova, 2009.
[3] BROGER, John C. Autoconfrontação – Um Manual de Discipulado
em Profundidade. Página 19. 3ª. Edição. São Paulo : BCF Editora, 2006.
[4] IBDEM.
[5] IBDEM.
[6] CARSON, D. A. Comentário Bíblico Vida Nova. Página
782, 783. São Paulo : Vida Nova, 2009.
[7] CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo
por Versículo. Página 2208. Volume 4.
[8] BROGER, John C. Autoconfrontação – Um Manual de Discipulado
em Profundidade. Página 19. 3ª. Edição. São Paulo : BCF Editora, 2006.
[9] IBDEM.
[10] MACKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo : Paulus,
1983.
[11] ARRINGTON,
French L / STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Página
785. 2ª. Edição. CPAD : São Paulo, 2004.
[12] STOTT, John. A Mensagem de Romanos. Página 91. São
Paulo : ABU Editora, 2007.
[13] BROGER, John C. Autoconfrontação – Um Manual de Discipulado
em Profundidade. Página 19. 3ª. Edição. São Paulo : BCF Editora, 2006.
[14] HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento : João.
Página 511. São Paulo : Editora Cultura Cristã, 2004.
[15] BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI – Antigo e Novo
Testamento. Página 2201. São Paulo : Editora Vida, 2009.
[16] BROGER, John C. Autoconfrontação – Um Manual de Discipulado
em Profundidade. Página 19. 3ª. Edição. São Paulo : BCF Editora, 2006.
[17] ALEXANDER, T. Desmond & ROSNER,
Brian S. Rosner : HUBBARD JR., R. L. Novo
Dicionário de Teologia Bíblica. Página 1082. São Paulo : Vida, 2009.